Foi responsabilidade dos Rolling Stones a introdução da rebeldia como parte definitiva e importante da imagem das bandas de rock. Desde o início foram a antítese do rock bem comportado dos contemporâneos Beatles, deixando o amor juvenil em segundo plano e pregando abertamente o sexo como diversão ao invés de apenas sugerir isso a exemplo de astros americanos como Chuck Berry e Jerry Lee Lewis.
O núcleo da banda se formou quando Mick Jagger e Keith Richards, amigos de infância, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones a montar a definitiva banda de rhythm & blues branca, que se chamaria The Rolling Stones, inspirado no nome de uma canção de Muddy Waters, Rolling Stone. Isto ocorreu em 1962.
O pianista Ian Stewart, amigo de Brian, seria o co-fundador da banda mas, porque sua imagem pessoal não tinha o devido "sex-appeal", ele seria rebaixado a gerente de palco (road manager), com direito a gravar com a banda mas não de posar como membro. Bill Wyman, que embora já vivesse da noite há muito mais tempo que os demais, seria acrescentado à banda por um motivo fútil: possuía mais de um amplificador. Em janeiro de 1963, Charlie Watts assumiria definitivamente a bateria. A boa repercussão nas apresentações ao vivo somadas à habilidade promocional de seu empresário, levou a banda a um contrato com a Decca Records (então a piada do ano por ter recusado um contrato com os Beatles). Seu empresário promove a banda com uma imagem de rebeldes e cria a pergunta "Você deixaria sua filha se casar com um Rolling Stone?"
Os primeiros singles, um cover de uma canção de Chuck Berry e Muddy Waters de cada lado, Come On/I Want To Be Loved, e uma gravação para uma composição da dupla Lennon e McCartney, I Wanna Be Your Man, foram bem aceitos. O primeiro álbum, chamado simplesmente The Rolling Stones, saiu em abril de 1964, contendo apenas uma composição de Jagger e Richards. Apenas com Tell Me (You're Coming Back), lançado em junho de 1964, é que uma composição da dupla seria lançada como lado A de um compacto. A partir daí, pouco a pouco o material próprio começou a ser valorizado, tendo em Out Of Our Heads, de 1965, o primeiro de uma série de discos basicamente de composições da dupla Jagger-Richards.
Com o álbum Aftermath, de 1966, a banda começaria uma fase de músicas mais longas e de arranjos mais elaborados. O flerte com o rock psicodélico e experimental teria seu ápice em Their Satanic Majesties Request, de 1967. Com Beggars Banquet haveria a volta ao estilo mais próximo ao rhythm & blues que os fizeram famosos. São desta época dois dos maiores hits da banda, Jumpin' Jack Flash, que só saiu como compacto e a controversa Sympathy For The Devil, música responsável pela maior parte das acusações de satanismo que a banda iria sofrer desde então.
Em 1969 Brian Jones oficialmente abandona os Stones, sendo substituído por Mick Taylor (que havia tocado com o John Mayall's Bluesbreakers). Poucos meses depois de sua saída, Brian Jones seria encontrado morto afogado na piscina de sua casa em Sussex, em circunstâncias até hoje pouco esclarecidas. No mesmo ano os Stones lançam Let It Bleed (título geralmente visto como sátira a Let It Be, dos Beatles, disco que de fato só seria lançado seis meses depois). Em 1970 sai Get Your Ya-Ya's Out, o primeiro disco ao vivo, com estéreo autêntico e alta fidelidade, gravado de sua apresentação no Madison Square Garden, em New York City.
Em 1971 a banda passa para a Atlantic Records, que lhes permite estrear o selo próprio, Rolling Stones Records, e o famoso logotipo, conhecido como o desenho da boca. A boca, inspirada nos lábios grossos de Jagger, foi desenhada por Andy Warhol que também concebeu a capa do álbum Sticky Fingers, do mesmo ano, e em 1975 a capa do Love You Live. Em 1974 os Rolling Stones gravam o clássico It's Only Rock'n'Roll no estúdio do guitarrista Ronnie Wood (que tocava com a banda inglesa The Faces). Com a saída repentina de Mick Taylor para seguir carreira solo, Wood assume a segunda guitarra, embora só seria oficialmente um membro efetivo dos Stones a partir do disco Some Girls, de 1976.
Depois de Love You Live (1975), um disco ao vivo, e Black & Blue (1976), um disco mais intimista com forte participações dos convidados Billy Preston e Ron Wood, os Stones lançam Some Girls, que é bem mais pesado do que os últimos trabalhos. Este disco é fortemente influenciado pelo movimento punk surgido na Inglaterra no ano anterior, com temas rápidos e agressivos como Respectable e When The Whip Comes Down, embora o disco seja mais lembrado pelo seu hit à la discoteque Miss You. Em 1980 lançam um disco mais linear, Emotional Rescue com vários temas bons mas nenhum grande destaque. Em 1981 a banda larga Atlantic Records e assina com a EMI. O álbum de estreia é Tatoo You, talvez o seu único grande triunfo para esta gravadora. Com a excursão americana no mesmo ano, os Rolling Stones inauguram a moda de shows gigantescos de duração de três horas e palcos móveis e desmontáveis.
Ian Stewart, pianista, road manager e um dos fundadores da banda, morreu em 1985 em virtude de um ataque cardíaco. O relacionamento entre os membros restantes da banda não era dos melhores, com desentendimentos freqüentes entre Jagger e Richards. Mick Jagger envereda em uma carreira solo gravando músicas dentro do estilo Rolling Stones e causa um desentendimento sério entre ele e seu sócio Keith Richards. Especulações sobre o fim da banda duram por seis anos, embora o clima ruim não impedisse que continuassem sendo lançados álbuns de repercussão cada vez maior. Jaggers, Richards, Wood, Wyman e Watts lançaram vários álbuns solo durante a década de 80 e 90.
Os Stones adentraram a década de 90 com uma nova gravadora, a CBS, em meio a rumores de que Mick Jagger e Keith Richards não podiam nem mesmo dividir uma mesma sala sem se engalfinharem. Os constantes boatos sobre a dissolução da banda ajudaram a catapultar o interesse e a expectativa da turnê e as vendas do álbum Steel Wheels (1989), tornando-as as maiores de todos os tempos. Os problemas pessoais foram colocados de lado e a banda se apresentou como nos velhos tempos, auxiliada pela habitual parafernália de palco.
Em 1994, após um longo período de inatividade, foi lançado com grande estardalhaço o álbum Voodoo Lounge, seguido pela turnê de mesmo nome (que passou pelo Brasil). Aproveitando a repercussão, todas as gravações da banda foram relançadas em cd. O álbum de 1995, Stripped, foi mais intimista, com versões acústicas de vários de seus maiores sucessos e uma regravação gloriosa para Like a Rolling Stone, de Bob Dylan.
No ano seguinte lançam The Rock And Roll Circus, trilha sonora de um filme arquivado desde 1968. O CD inclui uma apresentação de diversos artistas, como Jethro Tull, The Who, Marianne Faithful, então esposa de Jagger e The Dirty Mac que nada mais é que uma pré-versão da Plastic Ono Band. Essa formação incluiu, além de John e Yoko, Eric Clapton, Keith Richards (no baixo) e Mitch Mitchell. Ainda em 1996 sai Bridges of Babylon, com uma capa luxuosa e uma excursão mundial igualmente cara, completa, com dois palcos, um maior e outro menor instalado no meio do público. Inclui também uma ponte para a banda atravessar de um palco para o outro. Esse show passou por aqui, confirmando o Brasil com status de rota obrigatória.
O núcleo da banda se formou quando Mick Jagger e Keith Richards, amigos de infância, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones a montar a definitiva banda de rhythm & blues branca, que se chamaria The Rolling Stones, inspirado no nome de uma canção de Muddy Waters, Rolling Stone. Isto ocorreu em 1962.
O pianista Ian Stewart, amigo de Brian, seria o co-fundador da banda mas, porque sua imagem pessoal não tinha o devido "sex-appeal", ele seria rebaixado a gerente de palco (road manager), com direito a gravar com a banda mas não de posar como membro. Bill Wyman, que embora já vivesse da noite há muito mais tempo que os demais, seria acrescentado à banda por um motivo fútil: possuía mais de um amplificador. Em janeiro de 1963, Charlie Watts assumiria definitivamente a bateria. A boa repercussão nas apresentações ao vivo somadas à habilidade promocional de seu empresário, levou a banda a um contrato com a Decca Records (então a piada do ano por ter recusado um contrato com os Beatles). Seu empresário promove a banda com uma imagem de rebeldes e cria a pergunta "Você deixaria sua filha se casar com um Rolling Stone?"
Os primeiros singles, um cover de uma canção de Chuck Berry e Muddy Waters de cada lado, Come On/I Want To Be Loved, e uma gravação para uma composição da dupla Lennon e McCartney, I Wanna Be Your Man, foram bem aceitos. O primeiro álbum, chamado simplesmente The Rolling Stones, saiu em abril de 1964, contendo apenas uma composição de Jagger e Richards. Apenas com Tell Me (You're Coming Back), lançado em junho de 1964, é que uma composição da dupla seria lançada como lado A de um compacto. A partir daí, pouco a pouco o material próprio começou a ser valorizado, tendo em Out Of Our Heads, de 1965, o primeiro de uma série de discos basicamente de composições da dupla Jagger-Richards.
Com o álbum Aftermath, de 1966, a banda começaria uma fase de músicas mais longas e de arranjos mais elaborados. O flerte com o rock psicodélico e experimental teria seu ápice em Their Satanic Majesties Request, de 1967. Com Beggars Banquet haveria a volta ao estilo mais próximo ao rhythm & blues que os fizeram famosos. São desta época dois dos maiores hits da banda, Jumpin' Jack Flash, que só saiu como compacto e a controversa Sympathy For The Devil, música responsável pela maior parte das acusações de satanismo que a banda iria sofrer desde então.
Em 1969 Brian Jones oficialmente abandona os Stones, sendo substituído por Mick Taylor (que havia tocado com o John Mayall's Bluesbreakers). Poucos meses depois de sua saída, Brian Jones seria encontrado morto afogado na piscina de sua casa em Sussex, em circunstâncias até hoje pouco esclarecidas. No mesmo ano os Stones lançam Let It Bleed (título geralmente visto como sátira a Let It Be, dos Beatles, disco que de fato só seria lançado seis meses depois). Em 1970 sai Get Your Ya-Ya's Out, o primeiro disco ao vivo, com estéreo autêntico e alta fidelidade, gravado de sua apresentação no Madison Square Garden, em New York City.
Em 1971 a banda passa para a Atlantic Records, que lhes permite estrear o selo próprio, Rolling Stones Records, e o famoso logotipo, conhecido como o desenho da boca. A boca, inspirada nos lábios grossos de Jagger, foi desenhada por Andy Warhol que também concebeu a capa do álbum Sticky Fingers, do mesmo ano, e em 1975 a capa do Love You Live. Em 1974 os Rolling Stones gravam o clássico It's Only Rock'n'Roll no estúdio do guitarrista Ronnie Wood (que tocava com a banda inglesa The Faces). Com a saída repentina de Mick Taylor para seguir carreira solo, Wood assume a segunda guitarra, embora só seria oficialmente um membro efetivo dos Stones a partir do disco Some Girls, de 1976.
Depois de Love You Live (1975), um disco ao vivo, e Black & Blue (1976), um disco mais intimista com forte participações dos convidados Billy Preston e Ron Wood, os Stones lançam Some Girls, que é bem mais pesado do que os últimos trabalhos. Este disco é fortemente influenciado pelo movimento punk surgido na Inglaterra no ano anterior, com temas rápidos e agressivos como Respectable e When The Whip Comes Down, embora o disco seja mais lembrado pelo seu hit à la discoteque Miss You. Em 1980 lançam um disco mais linear, Emotional Rescue com vários temas bons mas nenhum grande destaque. Em 1981 a banda larga Atlantic Records e assina com a EMI. O álbum de estreia é Tatoo You, talvez o seu único grande triunfo para esta gravadora. Com a excursão americana no mesmo ano, os Rolling Stones inauguram a moda de shows gigantescos de duração de três horas e palcos móveis e desmontáveis.
Ian Stewart, pianista, road manager e um dos fundadores da banda, morreu em 1985 em virtude de um ataque cardíaco. O relacionamento entre os membros restantes da banda não era dos melhores, com desentendimentos freqüentes entre Jagger e Richards. Mick Jagger envereda em uma carreira solo gravando músicas dentro do estilo Rolling Stones e causa um desentendimento sério entre ele e seu sócio Keith Richards. Especulações sobre o fim da banda duram por seis anos, embora o clima ruim não impedisse que continuassem sendo lançados álbuns de repercussão cada vez maior. Jaggers, Richards, Wood, Wyman e Watts lançaram vários álbuns solo durante a década de 80 e 90.
Os Stones adentraram a década de 90 com uma nova gravadora, a CBS, em meio a rumores de que Mick Jagger e Keith Richards não podiam nem mesmo dividir uma mesma sala sem se engalfinharem. Os constantes boatos sobre a dissolução da banda ajudaram a catapultar o interesse e a expectativa da turnê e as vendas do álbum Steel Wheels (1989), tornando-as as maiores de todos os tempos. Os problemas pessoais foram colocados de lado e a banda se apresentou como nos velhos tempos, auxiliada pela habitual parafernália de palco.
Em 1994, após um longo período de inatividade, foi lançado com grande estardalhaço o álbum Voodoo Lounge, seguido pela turnê de mesmo nome (que passou pelo Brasil). Aproveitando a repercussão, todas as gravações da banda foram relançadas em cd. O álbum de 1995, Stripped, foi mais intimista, com versões acústicas de vários de seus maiores sucessos e uma regravação gloriosa para Like a Rolling Stone, de Bob Dylan.
No ano seguinte lançam The Rock And Roll Circus, trilha sonora de um filme arquivado desde 1968. O CD inclui uma apresentação de diversos artistas, como Jethro Tull, The Who, Marianne Faithful, então esposa de Jagger e The Dirty Mac que nada mais é que uma pré-versão da Plastic Ono Band. Essa formação incluiu, além de John e Yoko, Eric Clapton, Keith Richards (no baixo) e Mitch Mitchell. Ainda em 1996 sai Bridges of Babylon, com uma capa luxuosa e uma excursão mundial igualmente cara, completa, com dois palcos, um maior e outro menor instalado no meio do público. Inclui também uma ponte para a banda atravessar de um palco para o outro. Esse show passou por aqui, confirmando o Brasil com status de rota obrigatória.
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