Dr. Sin é conhecida como uma das bandas mais injustiçadas do planeta. Exagero? Nem um pouco. A banda tem qualidade, os músicos esbanjam técnica, talento e carisma, mas nunca conseguiram alçar vôos mais altos, limitando-se a abrirem shows internacionais no Brasil.A história toda começou com os irmãos Busic: Andria (baixo e vocal) e Ivan (bateria). Filhos de um croata jazzista aprenderam a tocar desde cedo. Formaram as primeiras bandas a partir de 1984, como o Platina e Cherokee, chegando a gravar alguns LPs.Em 1988, acompanharam o renomado guitarrista Wander Taffo nas gravações de “Rosa Branca” e Andria ainda foi convidado para sair em turnê com o Ultrage a Rigor. De volta pra casa, os Busic se juntaram ao guitarrista Eduardo Ardanuy, que já havia tocado no Anjos da Noite e Chave do Sol, e passaram a ser a banda de apoio do vocalista Supla. Após um disco e alguns shows, o trio decidiu que era hora de investir pesado na própria carreira.Viajaram para os EUA, já com o nome de Dr. Sin, onde distribuíram fitas demo e conseguiram agendar algumas apresentações, até que, em 1992, assinaram um contrato com a Warner. A gravadora estava apostando no grupo e no início de 1993, mesmo sem terem nenhum material, o Dr. Sin tocou no Hollywood Rock e abriu o show do vocalista do Deep Purple, Ian Gillan.No mesmo ano, o álbum de estréia “Dr Sin” finalmente foi lançado e obteve ótima repercussão. A faixa “Emotional Catastrophe” ficou entre as primeiras posições das paradas de clipes na MTV e mais dois vídeos foram produzidos: “You Stole My Heart” e “Scream & Shout”. Cada vez mais conhecidos, continuaram participando de festivais como o M2000 Summer Concerts, onde tocaram ao lado de Mr.Big, Helmet e Rollins Band, na primeira edição brasileira do Monsters Of Rock, junto com Slayer, Black Sabbath e Kiss, e abrindo os shows do Pantera.Já estava na hora do segundo disco e “Brutal” chegou em 1995. A produção dessa vez ficou a cargo da própria banda e o som estava mais pesado e coeso do que o trabalho anterior. O álbum foi editado no Japão, com o título de “Silent Scream”, e eles entraram em uma nova maratona de abertura de shows: Bon Jovi, AC/DC, Joe Satriani e Steve Vai.Dois anos depois, o trio voltou aos EUA (nos estúdios de Michael Vescera mais precisamente), para a gravação do novo álbum, “Insinity”. Vescera, ex-vocalista de Yngwie Malmsteen, co-produziu o disco, além de participar na faixa “No Rules”.Em terras brasileiras, a abertura dessa vez foi para o Dream Theater e Yngwie Malmsteen e o festival foi o Skol Rock, onde também tocaram Bruce Dickinson, Scorpions e Dio. O sueco Yngwie Malmsteen gostou tanto da apresentação de abertura dos rapazes que, ao lançar o seu “Live in Brazil”, incluiu, na versão japonesa, um EP com quatro faixas ao vivo do Dr. Sin.No ano de 2000, Michael Vescera tornou-se integrante definitivo do Dr. Sin e passou a dividir os vocais com Andria. O quarteto gravou então o álbum “Dr. Sin II”, que foi muito bem recebido pelos fãs e pela crítica em geral, já que Vescera é um exímio vocalista e seu timbre se encaixou perfeitamente com as composições do grupo.De volta a Paradoxx Music, eles lançaram “Dez Anos ao Vivo”, no final de 2003, novamente como trio. O material foi registrado em São Paulo, no SESC Ipiranga, em maio de 2002 e trouxe a participação especial de André Matos (Shaman) na canção “Fire”.Em 2005 foi lançado o CD “Listen to the Dr’s”, com clássicos do rock que trazem no título a palavra “Dr.”. A banda surpreendeu com grandes ‘hits’, interpretados com qualidade brasileira.
domingo, 10 de agosto de 2008
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